Segundo a arquiteta Roseane Norat, a professora doutora Magda Ricci, a Museóloga Renata Maués e o arqueólogo Paulo Canto, em publicação denominada “Preservação Cultural e Memória”, texto utilizado na 1ª Conferência Estadual de Cultura, Belém – Pará 2007.
A história de um Estado, cidade, povoado, um bairro, ou mesmo de uma família, pode ser contada de muitas maneiras, uma delas é pelo estudo de seu patrimônio cultural, perceptível por meio de seus bens materiais e naturais. É sob essa ótica que ousamos falar de Santarém Turismo e Cultura.
Com 24 mil quilômetros quadrados, aproximadamente 300 mil habitantes e mais de 800 comunidades rurais o Município de Santarém, localizado na região Oeste do Estado do Pará, no coração da Amazônia, há cerca de 700 quilômetros de Belém, em linha reta, se destaca pelas belezas naturais, a hospitalidade de seu povo, o avanço educacional, com o funcionamento de seis faculdades e universidades e principalmente pelo turismo ecológico e cultural, que atrai todos os anos centenas de visitantes de outros estados brasileiros e do exterior.
Sem perdermos de vista o turismo religioso, destacam-se o Círio de Nossa Senhora da Conceição, realizado desde 1919, no final do mês de novembro, reunindo em média 100 mil fiéis.
Paralelo a esse acontecimento, em fevereiro no mesmo período do carnaval, carismáticos da Igreja Católica realizam o Cristoval e em julho a Igreja da Paz promove o Congresso da Paz, eventos que congregam grande número de pessoas vindas de Santarém e de municípios vizinhos
PÓLO
Pela concentração de grandes empreendimentos comerciais, prestação de serviços, aglomerados de órgãos representativos dos governos estadual e federal e investimentos no agronegócios. Santarém vem se mantendo há décadas como cidade pólo de desenvolvimento regional, podendo vir a ser a futura capital do Estado do Tapajós, conforme projeto que tramita na Câmara dos Deputados, já tendo sido aprovada a proposta de plebiscito no Senado.
É para Santarém que converge à movimentação econômica de grande parte dos municípios da região, que compram e vendem aqui. Ou seja, há uma interação sócio-econômica e o estranho é que a relação comercial de Santarém é muito mais efetiva com Manaus, capital do Estado do Amazonas, do que com a capital do Pará, Belém.
ENCONTRO
É em frente à cidade de Santarém que se dá uma dos mais apreciados espetáculos proporcionado pela natureza, o rio Tapajós com suas águas límpidas, se encontra com o Amazonas, de águas barrentas que correm paralelas em quilômetros, sem jamais se misturarem. Essa inconfundível beleza pode ser apreciada da orla da cidade, numa contemplação onde o natural inspira a espiritualidade.
CENÁRIOS
A criação divina, no entanto, reservou muito mais que isso para Santarém e privilegiou-a com a bucólica Alter do Chão e localidades próximas aos rios Tapajós e Arapiuns, com cenários naturais quase impossíveis de serem descritos pela visão comum. São praias que parecem intermináveis, de areia fina, ladeadas pela densa floresta amazônica, que apesar de ser cobiçada pelo mundo e particularmente pelos países mais ricos, ainda parece ser nossa, mesmo quando a vemos ser agredida pela ação depredadora do homem.
ARTE
A produção artesanal é diversificada, criativa, alicerçada em manifestações culturais, onde se retrata a dança, música, escultura, pintura, literatura e escultura. Tanto é o crescimento nos mais diversos setores da criação artística, que Santarém é uma das poucas, se não a única cidade do interior do Pará e possivelmente do Brasil a ter uma Academia de Letras e Artes, que congrega 40 componentes do mais diversos segmentos da arte local.
ALTER DO CHÃO
A vila de Alter do Chão, antiga aldeia dos índios boraris, segundo publicação da Paratur, denominada Roteiros Turísticos, por sua exuberância natural e ecológica, ganha destaque no cenário turístico brasileiro, é um dos mais importantes distritos do município de Santarém.
A melhor época para visitá-la é entre julho a dezembro, quando as águas do rio Tapajós baixam e a areia branca começa a surgir. A praia de água doce localiza-se num complexo natural encantador formado por uma ilha que de um lado é banhada pelo próprio rio Tapajós e de outro pelo chamado Lago Verde.
O acesso à famosa, exuberante e admirada vila de Alter do Chão, se dá saindo de Santarém por via terrestre, em média 40 minutos de carro, pela Rodovia Everaldo Martins (PA-457) e por via fluvial com o uso de lanchas e barcos de pequeno e grande porte com duração de cerda de duas a três horas.
Mas é Alter do Chão, também, o destino de inúmeros navios turísticos que chegam do exterior, com centenas de turistas, impulsionados pelo turismo ecológico e de aventura e principalmente pela mais importante manifestação cultural do interior da Amazônia, a festa do Sairé que ocorre todos os anos no mês de setembro, com o festival dos botos Tucuxi e Cor de Rosa, a exemplo do que ocorre em Parintins, no Estado do Amazonas com os bumbas Caprichoso e Garantido.
Destacam-se ainda como pontos turísticos da cidade a centenária Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e o Museu João Fona, que abriga enorme acervo da cultura indígena e regional e que tem como diretor ao longo de vários anos um dos mais importantes nomes da arte santarena que é o artista plástico Laurimar Leal.
Não deixe esfriar.
Há 16 anos
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