Ao assistir o vídeo O POVO BRASILEIRO, com base no livro do renomado escritor Darci Ribeiro, tive a clareza absoluta da grande contribuição dos índios, portugueses e negros, não só para a formação da raça brasileira, como também para nosso contexto cultural.
Temos de fato um pouco de índio, português (europeu) e negro. Isso está caracterizado na nossa dança, na música, no nosso modo de ser, de falar, de vestir, nos hábitos e manias que adotamos. E mais que isso, na nossa língua.
Na prática somos brasileiros, mas não temos uma língua originalmente brasileira, falamos a língua dos portugueses, por que fomos colonizados por eles, que por sua vez tiveram na origem de sua língua o latim. E hoje o que vemos é uma invasão do léxico (vocábulos, termos) estrangeiros, na nossa língua, tendo tudo isso começado com índios, portugueses e negros.
Estes últimos que ao longo de trezentos anos foram escravizados pelos europeus, e principalmente por portugueses que faziam do nosso país a sua colônia.
Essa diversidade de cultura, linguagem e manifestações religiosas herdadas pelos que nos antecederam, objeto das considerações que estamos fazendo é que permite ser o Brasil, um país de todas as raças e genuinamente criativo culturalmente, porque teve uma sustentação para isso a partir da sua colonização.
É claro que não podemos e nem devemos fazer apologia à colonização do nosso país pelos portugueses. Ao mesmo tempo em que contribuíram para termos a nação que temos hoje, eles foram algozes da nossa gente primitiva, os índios que mesmo com muita perseguição, sendo vítimas, assassinados, brutal e cruelmente, usados como mão de obra desqualificada, resistiram a tudo isso.
Ainda hoje, em número reduzidíssimo em comparação ao colonialismo continuam mantendo sua raça e sua cultura, que, aliás, vem sendo reconhecida pelos governantes brasileiros com muita propriedade. Hoje o índio tem a garantia da sua terra, pode votar e ser votado. É cidadão de fato e de direito. Isso é na pratica o que se pode identificar como um ato digno das nossas autoridades e instituições governamentais.
É fato que todos nós vamos passar, mas a certeza de que somos um pouco de índio, portugueses e negros, formadores da raça brasileira com sua cultura e tradição, nunca passará.
Não deixe esfriar.
Há 16 anos
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