sábado, 28 de junho de 2008

A impunidade no trânsito em Santarém assusta

Por Milton Corrêa, Oti Santos e Wellison Costa

Quantos condutores de veículos, autores de inúmeros e bárbaros acidentes com vítimas fatais e que deixam tantos outros mutilados, no traumático trânsito de Santarém, estão presos? Quem saibamos nenhum. Qual tipo de punição foi imposta a esses criminosos do asfalto? A reposta também é negativa. Esta é a impunidade que mutila e mata!

Onde estão os criminosos do trânsito santareno, que mutilam e matam, sem sequer serem incomodados, como se essa situação de morte e mutilação fosse à coisa mais natural do mundo?

Estamos testemunhando, já por alguns anos, que as ruas de Santarém vem se transformando em passarelas do óbito, porque nelas alguns irresponsáveis, desumanos, brutos, cruéis e alucinados condutores de veículos fazem de seus carros e motos armas mortíferas.

E as autoridades do setor?

E o que estão fazendo as nossas autoridades responsáveis pelo setor de trânsito, que não tomam medidas eficazes para frear essa barbárie, que lamentavelmente quase todos os dias se constatam nas nossas ruas. São acidentes e mais acidentes. Vítimas e mais vítimas.

Por que não se cumpre a lei?

Será que em Santarém ninguém mais se sensibiliza com a tragédia dos acidentes de trânsito que quando não fatais, no mínimo mutilam e deixam traumas para o resto da vida?

Segundo o matéria publicada no blog da turma de Comunicação Social – Jornalismo do V semestre do Instituto Esperança de Ensino Superior – Iespes, são centenas de pessoas sem braços, sem pé, sem pernas, sem contar os que morrem e isso não choca os que tem poder de tomar medidas, decisões? Matéria na íntegra clique aqui.

E o Código Nacional de Trânsito?

E para que serve afinal o tal Código Nacional de Trânsito? Se ele fosse de fato utilizado e as punições nele contidas fossem aplicadas, com certeza não teríamos tantos acidentes como temos hoje em nossa cidade, e o número de infratores seria bem menor. Punição severa. É isso que falta!


Para os condutores de veículos e também para os pedestres a vida deveria ser valorizada, fazendo uso da via pública com responsabilidade, amor e respeito a si e aos outros. Infelizmente, parece que isso não está contextualizado no sentimento, de quem por negligência, imprudência e imperícia mata e mutila sem avaliar as conseqüências.

Educação no trânsito

O professor Clauriberto Levy especialista no assunto, em seu livro “Educatrânsito”, sugere na grade curricular a educação de trânsito nas escolas municipais e estaduais, principalmente no ensino fundamental, como sendo uma das saídas para se ter um trânsito mais humanizado, com menos acidentes. “A Educação de Trânsito na escola fundamental deve estar centrada no desenvolvimento de valores, posturas e atitudes éticas”, diz o educador.

Ética? Valores? Será que quem dirige um carro ou moto têm essa consciência? Ou por irresponsabilidade é capaz de matar, ou mutilar alguém?

A guerra do trânsito

Afinal de contas, por que o trânsito de Santarém é indisciplinado, desumanizado, infernal, caótico e cruel? Onde está o erro? Estamos vivendo uma situação que se compara a uma guerra, com mortes e seqüelas para sempre.

Por que avançar sinal vermelho, ultrapassar pela direita, atender telefone celular ao volante e dirigir embriagado. Por quê? Será que quem assim procede não tem a clareza, o discernimento de que está agindo errado? Erro este, que pode levar a um crime por culpa com danos irreparáveis.

Até quando isso vai persistir? Quantos ainda vão morrer ou ter membros amputados, e ninguém faz nada?

Essa omissão das autoridades é também um crime e deveria ser passivo de punição. Mas, se o que vemos é a falta de fiscalização ostensiva, a corrupção e o acesso facilitado à carteira de habilitação muitas vezes até por meios fraudulentos.Combater tudo isso parece até ficção!
Porém, surge uma esperança de freio a essa mazela, com a lei sancionada pelo presidente da República no último dia 19, que aumenta punição para quem dirige alcoolizado. Texto na íntegra. Clique aqui.

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